Produção
Conab estima volume total de 32,3 milhões de toneladas, com destaque para carnes de frango e suína
Volume previsto, caso se confirme, representa um novo recorde na série histórica da Conab

A produção brasileira das três principais proteínas — bovina, suína e de frango — deve alcançar 32,3 milhões de toneladas em 2026, segundo projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Se confirmada, a estimativa estabelece um novo recorde histórico, superando as 32,1 milhões de toneladas previstas para este ano.
O crescimento é puxado sobretudo pela carne de frango, cuja produção deve atingir 15,9 milhões de toneladas, e pela carne suína, com 5,8 milhões de toneladas — ambos os maiores volumes já registrados pela Conab.
No caso do frango, a expansão é sustentada pela combinação entre demanda interna aquecida e bom desempenho nas exportações. Mesmo com o registro de um foco de Influenza Aviária no Rio Grande do Sul, em maio, a rápida contenção do caso manteve a confiança internacional no produto brasileiro. A expectativa é de que as exportações cheguem a 5,4 milhões de toneladas em 2026. Já o consumo interno deve alcançar 10,6 milhões de toneladas, elevando a disponibilidade per capita para 51,1 quilos por habitante.
A carne suína também apresenta cenário favorável. Com produção recorde, a oferta no mercado interno pode alcançar 4,3 milhões de toneladas. As exportações seguem em alta, impulsionadas pela competitividade do produto brasileiro e pela demanda de novos mercados asiáticos, como Filipinas, Japão, Coreia do Sul e Cingapura. As vendas externas devem ultrapassar 1,5 milhão de toneladas, novo marco histórico.
Por outro lado, a carne bovina deve apresentar retração. Após o recorde de 11,1 milhões de toneladas em 2024, a produção caiu para 10,9 milhões em 2025 e deve recuar para 10,6 milhões em 2026. O recuo é atribuído à menor oferta de animais para abate, em decorrência da retenção de fêmeas e da recomposição dos rebanhos, típica da fase de transição do ciclo pecuário.
