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Temporada 2024/25

Conab: safra de grãos 24/25 tem estimativa recorde de 330,3 milhões de toneladas

Volume previsto é o maior já registrado na série histórica e representa crescimento de 32,6 milhões de toneladas em relação ao ciclo anterior

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O incremento estimado deve-se tanto à maior área plantada quanto às condições climáticas favoráveis
O incremento estimado deve-se tanto à maior área plantada quanto às condições climáticas favoráveis | Foto: Agência Gov

Com a colheita das culturas de primeira safra em fase adiantada, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vem confirmando a perspectiva de uma safra recorde de grãos na temporada 2024/25, agora estimada em 330,3 milhões de toneladas. O volume, se confirmado, será o maior já registrado na série histórica da Conab e representa um crescimento de 32,6 milhões de toneladas em comparação com o ciclo 2023/24. Os dados constam do 7º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, divulgado nesta quinta-feira (10/4) pela Companhia.

O incremento estimado pela estatal decorre tanto de uma maior área plantada — prevista em 81,7 milhões de hectares, com acréscimo de 1,7 milhão de hectares em relação a 2023/24 — quanto das condições climáticas favoráveis registradas na primeira safra nas principais regiões produtoras. As perspectivas positivas para o clima também sustentam boas projeções para o desenvolvimento das culturas da segunda safra. Nesse cenário, é esperada uma recuperação de 8,6% na produtividade, estimada em 4.045 quilos por hectare.

Dentre os produtos cultivados, a soja deve registrar o maior volume já colhido no país. Nesta safra, a Conab prevê uma produção de 167,9 milhões de toneladas — resultado 20,1 milhões de toneladas superior à safra passada. O Centro-Oeste, principal região produtora do grão, deve alcançar novo recorde de produtividade média, com 3.808 quilos por hectare, superando o ciclo 2022/23. Em Mato Grosso, a colheita já chega a 99,5% da área semeada, com produtividade média de 3.897 quilos por hectare, a maior já registrada no estado. Em Goiás, os trabalhos de colheita atingem 97% da área, com produtividade média de 4.122 kg/ha.

Com a colheita da soja avançada, o plantio do milho da segunda safra está próximo de ser finalizado. A produção total do cereal — somando os três ciclos da cultura — está estimada em 124,7 milhões de toneladas, um crescimento de 9 milhões de toneladas em relação ao ciclo anterior. Só na segunda safra é esperada uma colheita de 97,9 milhões de toneladas, resultado da maior área plantada, estimada em 16,9 milhões de hectares, combinada com uma recuperação de 5,5% na produtividade média, prevista em 5.794 quilos por hectare.

A colheita de arroz também segue em bom ritmo, com mais de 60% da área plantada já colhida. As condições climáticas nas principais regiões produtoras, até o momento, são favoráveis para o desenvolvimento da cultura. Aliado ao manejo adotado pelos agricultores, a produtividade média deve registrar recuperação de 7,2%, estimada em 7.061 quilos por hectare. A área plantada também deve crescer em torno de 7%, chegando a 1,72 milhão de hectares. Com isso, a produção deve ter alta de 14,7%, alcançando 12,1 milhões de toneladas.

No caso do feijão, o aumento previsto na produção é de 2,1%, podendo chegar a 3,3 milhões de toneladas somadas as três safras da leguminosa. A elevação acompanha a melhora na produtividade média das lavouras, que passa de 1.135 para 1.157 quilos por hectare, com a área cultivada mantida em 2,86 milhões de hectares.

Para o algodão, a expectativa de produção recorde se confirma. O plantio está concluído, com estimativa de área em 2,1 milhões de hectares, crescimento de 6,9% em relação à safra 2023/24. Já a produção de pluma deve atingir 3,9 milhões de toneladas, volume 5,1% superior ao da safra anterior.

Mercado

Neste levantamento, a Conab também ajustou as estimativas de consumo de milho para a safra 2024/25, após a revisão da produção total do cereal para 124,7 milhões de toneladas. A nova projeção aponta para um consumo interno de 87 milhões de toneladas. As exportações estão estimadas em 34 milhões de toneladas. Mesmo com o aumento no consumo doméstico, o estoque final do grão deve chegar a cerca de 7,4 milhões de toneladas.

Cenário semelhante é observado no algodão: o aumento na produção permite incrementos tanto no consumo quanto no estoque de passagem da fibra.

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