Capacidade produtiva
Usina Pindorama mantém produção de etanol de sorgo e projeta 30 milhões de litros
Processamento seguirá até junho, garantindo atividade contínua da unidade mesmo após o fim da safra de cana

A Usina Pindorama, pioneira no Norte-Nordeste na produção de álcool tanto da cana-de-açúcar quanto de cereais, segue com sua moagem de sorgo iniciada em 1º de setembro de 2024. Segundo a gerência industrial, o processamento continuará até junho de 2025, garantindo a continuidade da produção mesmo após o encerramento da safra de cana, finalizada em 28 de janeiro deste ano.
De acordo com as projeções do gerente industrial da unidade, Erikson Viana, a estimativa é que 75 mil toneladas de grãos sejam processadas, resultando na produção de 30 milhões de litros de etanol.
“Essa projeção é baseada na nossa capacidade produtiva. Este mês estamos retomando a operação com força total. Já estávamos moendo e produzindo, mas agora estamos operando no máximo desempenho para alcançar esse grande resultado”, afirmou Viana.
Produção de WDG impulsiona pecuária
Além da fabricação de etanol, o processo gera um coproduto nutritivo para a alimentação animal, o WDG (Wet Distillers Grains), que possui cerca de 36% de proteína em sua composição. A expectativa é que esta moagem de grãos resulte na produção de 35 mil toneladas de WDG, produto já distribuído para pecuaristas de vários estados do Nordeste e também utilizado na fase inicial do confinamento de gado da Pindorama, que já conta com mais de 2 mil animais.
Investimento estratégico
O presidente da Cooperativa Pindorama, Klécio Santos, destacou a importância estratégica da usina de grãos, especialmente diante de desafios como a recente escassez hídrica enfrentada na última safra.
“Nosso objetivo foi encontrar uma alternativa para manter a usina ativa mesmo durante a entressafra da cana. Esse investimento tem se mostrado fundamental, não apenas para gerar empregos e fortalecer as finanças dos nossos cooperados, mas também para impulsionar o desenvolvimento de Alagoas”, enfatizou Klécio Santos.
Até o início de fevereiro, a usina já havia processado 29,5 mil toneladas de sorgo, resultando na fabricação de 12,4 milhões de litros de etanol e 13,6 mil toneladas de WDG.
No entanto, segundo Viana, a moagem será interrompida no final de junho para realização de manutenções essenciais na estrutura industrial, uma vez que a unidade de grãos compartilha equipamentos com a usina de cana-de-açúcar.
“A moagem poderia seguir até setembro, mas precisamos interrompê-la para reparos nas torres de destilação, linhas de caldo e tubulações de álcool. Além disso, equipamentos como o gerador e a caldeira, que estão em operação desde o início da safra de cana, também necessitam de manutenção para garantir a eficiência da próxima safra”, explicou o gerente industrial.
