loading-icon
MIX 98.3
NO AR | MACEIÓ

Mix FM

98.3
sábado, 06/12/2025 | Ano | Nº 6114
Maceió, AL
29° Tempo
Home > Política

Impostos

CAE do Senado aprova aumento de tributos para fintechs e apostas

Projeto do senador Renan Calheiros eleva alíquotas e institui regularização para pessoas de baixa renda

Ouvir
Compartilhar
Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Whatsapp
Renan Calheiros comemorou aprovação do projeto de sua autoria
Renan Calheiros comemorou aprovação do projeto de sua autoria | Foto: Edilson Rodrigues

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou ontem o PL 5.473/2025, do senador Renan Calheiros (MDB-AL), que eleva a tributação sobre fintechs, aumenta gradualmente a taxação das bets e cria um programa de regularização para pessoas de baixa renda.

O relatório favorável é do senador Eduardo Braga (MDB-AM). Por se tratar de um projeto classificado como terminativo, a matéria pode seguir diretamente para a Câmara dos Deputados, se não houver recurso para votação em Plenário.

O texto altera a Lei 7.689/1988 para elevar a CSLL de forma escalonada. Fintechs, instituições de pagamento, administradoras de balcão e bolsas terão a alíquota aumentada de 9% para 12% em 2026 e para 15% em 2028. Já sociedades de capitalização e instituições de crédito, financiamento e investimento terão a CSLL reajustada de 15% para 17,5% em 2026 e 20% em 2028.

No caso das bets, a Contribuição sobre a Receita Bruta de Jogo sobe dos atuais 12% para 15% em 2026 e 2027, chegando a 18% em 2028. A arrecadação será destinada à seguridade social, com prioridade para a saúde. Entre 2026 e 2028, parte dos recursos poderá ser repassada a estados e municípios para compensar perdas com a isenção do IRPF de servidores.

“A CAE do Senado aprovou um dos projetos mais importantes do ano! Bets e Fintechs pagarão mais impostos para custear o Imposto de Renda zero”, comemorou Renan Calheiros. “Eles foram blindados na Câmara, mas apresentamos um projeto separado pra não atrapalhar a sanção do IR zero”.

DÍVIDAS TRIBUTÁRIAS

O projeto também cria o Pert-Baixa Renda, voltado à regularização de dívidas tributárias vencidas até a data da futura lei. Poderão aderir pessoas com renda mensal de até R$ 7.350. Quem ganha até R$ 5 mil terá acesso integral aos benefícios; acima disso, haverá redução proporcional. O valor mínimo das parcelas será de R$ 200 e a adesão implica confissão da dívida.

A proposta corrige ainda uma distorção na remessa de lucros ao exterior. Caso a soma do IRPJ, CSLL e IRRF ultrapasse os limites legais, o beneficiário no exterior poderá pedir restituição em até cinco anos, alinhando a medida ao Código Tributário Nacional.

Braga também ajustou a vigência das mudanças: as novas alíquotas da CSLL e das bets passam a valer quatro meses após a publicação da lei; as regras sobre crédito tributário no exterior, somente no ano seguinte. Os demais pontos terão aplicação imediata.

Relacionadas