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Os novos dados divulgados pelo IBGE nessa sexta-feira trouxeram uma boa notícia: o Brasil registra a menor taxa de fome desde o início da série histórica, em 2004. Em 2024, a insegurança alimentar grave atingiu 3,2% dos lares — um recuo expressivo em relação a 2023, quando o índice era de 4,1%.

Mais de 2 milhões de pessoas deixaram de conviver com a fome em apenas um ano. Só em Alagoas, 22 mil moradias deixaram a zona de insegurança alimentar.

Trata-se de um avanço inegável, resultado da combinação entre crescimento da renda, queda do desemprego e fortalecimento de programas sociais. O desafio, porém, está longe de ser superado. Ainda há 6,4 milhões de brasileiros que enfrentam a fome diariamente, a maioria em lares chefiados por mulheres e pessoas negras, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste. A desigualdade estrutural continua determinando quem come e quem passa fome.

Manter a trajetória de melhora exige mais do que a expansão de benefícios sociais. É preciso garantir empregos de qualidade, renda estável e políticas permanentes de segurança alimentar, especialmente voltadas às áreas rurais e populações vulneráveis. O Brasil já demonstrou que é capaz de reduzir a fome — o desafio agora é fazer desse resultado uma conquista duradoura, que resista às crises e às mudanças de governo.

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