Editorial
Proteção

A sanção ontem de três projetos de lei pelo Presidente Lula representa um avanço significativo na luta contra a violência de gênero e na promoção da equidade no Brasil. Em um país onde a violência contra a mulher assume formas cada vez mais sofisticadas, simbólicas e devastadoras, legislações como essas são mais do que necessárias e urgentes.
O reconhecimento da violência psicológica mediada por inteligência artificial, como deep fakes pornográficos e manipulados para humilhação, insere o Brasil em um debate moderno e necessário. Essa nova forma de violência, invisível aos olhos mas brutal para a dignidade e saúde mental das vítimas, precisa de respostas firmes do Estado.
A proteção das mulheres no ambiente acadêmico também ganha força com a lei que proíbe discriminação na concessão de bolsas. A gravidez, longe de ser um obstáculo, deve ser compreendida como parte da pluralidade da experiência feminina.
Por fim, o monitoramento eletrônico de agressores amplia a capacidade do Estado de agir preventivamente, protegendo vidas e demonstrando que o combate ao feminicídio exige vigilância, tecnologia e comprometimento institucional.
Essas medidas são vitórias da sociedade. Elas simbolizam o esforço por uma convivência mais civilizada, baseada no respeito, na empatia e na justiça.