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Hamster como pet: o que saber antes de levar um para a casa

Pequenos, mas exigentes: saiba como oferecer bem-estar e cuidados essenciais para hamsters, segundo veterinária

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Imagem ilustrativa da imagem Hamster como pet: o que saber antes de levar um para a casa
| Foto: Divulgação

Ter um hamster em casa pode parecer simples, mas esse pequeno roedor exige muito mais do que apenas uma gaiola e ração. Apesar do tamanho, o hamster é um animal sensível, territorialista e com necessidades específicas.

A veterinária Juliana Stephani explicou os cuidados essenciais, desde o espaço ideal até a alimentação e comportamento do pet. A seguir, você confere tudo o que precisa saber antes de adotar um hamster.

Espaço ideal e estrutura da gaiola

“Roedores têm metabolismo rápido e precisam de espaço”, destaca Juliana. Para hamster sírio, o ideal, segundo a especialista, é uma gaiola de no mínimo 80×50 cm; para os anões, 70×40 cm. O melhor material é vidro, como um aquário com tampa telada, garantindo ventilação adequada. O piso deve ter pelo menos 20 cm de profundidade, permitindo escavação — comportamento natural do animal. “Nada de algodão, tecido ou areia de gato: esses materiais podem causar asfixia”, alerta.

Casinhas e tocas são indispensáveis para que o hamster possa se esconder durante o dia, pois são animais de hábitos noturnos. “Eles gostam de ficar protegidos e tranquilos enquanto dormem”, afirma a veterinária.

Enriquecimento ambiental e bem-estar

Brinquedos, túneis e rodas de exercícios são fundamentais. “A roda precisa ser segura, sem grades laterais, e com tamanho adequado para não machucar a coluna”, alerta Juliana. Além disso, a chamada “banheirinha de areia” é uma forma de o hamster se manter limpo, mas deve ser feita com areia específica para roedores, como a usada por chinchilas.

“Esses estímulos fazem parte do comportamento natural e ajudam no bem-estar do animal”, reforça.

Imagem ilustrativa da imagem Hamster como pet: o que saber antes de levar um para a casa
| Foto: Divulgação

Sozinhos, sempre

Segundo Juliana, ao contrário do que muitos pensam, hamsters não gostam de companhia, nem de outros hamsters. São animais solitários e territoriais. “Sírios devem viver sozinhos sempre. Já os anões até podem viver em duplas, mas não é recomendado. As brigas são comuns e podem terminar mal”, explica.

A veterinária ainda orienta que, mesmo em contato com humanos, deve ser gradual e respeitando os limites do animal. “Eles podem se acostumar ao tutor, mas são sensíveis e delicados. Alguns são dóceis, outros mais ariscos. Cada roedor tem sua personalidade”.

Alimentação e limpeza

A base da alimentação deve ser uma ração específica. Segundo Juliana, complementos como frutas ou legumes podem ser oferecidos, mas com moderação. “Nada de cítricos, chocolate, cebola ou alho”, salienta. Água limpa deve estar sempre disponível em bebedouros com bico de metal, que mantêm o ambiente seco e higiênico.

A limpeza do ambiente deve ser constante: trocar o substrato com frequência e fazer uma higienização completa ao menos uma vez por mês.

Não é brinquedo

“Hamster não é brinquedo”, ressalta Juliana. Por serem animais extremamente delicados e sensíveis, exigem cuidado constante e conhecimento por parte do tutor. Se houver crianças em casa, o manuseio deve ser sempre supervisionado por um adulto.

“É fundamental entender que eles não são como cães e gatos. Cada espécie tem sua necessidade e comportamento. Estudar sobre isso é parte da responsabilidade de ter um hamster em casa”, completa.

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