CARNAVAL PARA PETS
Folia de Carnaval para pets: os cuidados com a saúde e na hora de curtir a festa de momo
Veterinária dá dicas de como aproveitar, da melhor forma, a folia com o amigo de quatro patas


O Carnaval está chegando e, além dos tutores, os pets também entram na folia. Seja nas festas em casa, em bloquinhos pet-friendly e até em comemorações destinadas, exclusivamente, para os amigos peludos, como os que acontecem nos shoppings das grandes cidades, os bichinhos de estimação estão cada vez mais presentes. Muitas pessoas, inclusive, esperam a chegada do período momesco para exibir toda desenvoltura e carisma do amigo de quatro patas, mas é importante estar atento a alguns cuidados.
O Brasil tem cerca de 160,9 milhões de animais de estimação, sendo o terceiro maior país do mundo em número de pets, segundo o Instituto Pet Brasil e a Abinpet. Dessa forma, não é surpresa que muitos tutores que amam Carnaval queiram compartilhar a diversão com seus companheiros de quatro patas.
E, claro, para entrar no clima, a fantasia não pode faltar!
São muitos os modelos e estilos para escolher. De palhaço a músico, de personagem da Turma do Chaves a passista de frevo. Das mais leves e simples às mais pesadas e cheias de detalhes. Tem opções para cachorros de todos os portes, para gatos de todos os tamanhos e até para porquinhos da índia. Opções, definitivamente, não faltam.
Tudo vai depender do gosto do tutor, mas é preciso estar atento a fatores como o conforto dos bichinhos. Com o calor extremo que tem feito na maioria das cidades, escolher uma opção mais fresquinha, que deixe o pet à vontade, é a melhor alternativa. Além disso, na hora de cair na folia, é essencial adotar alguns cuidados para não comprometer a saúde do amigo de quatro patas.
O Maré conversou com a médica veterinária Catharina Vital a respeito do uso de fantasias e da participação de pets nas festas de Carnaval, e traz agora algumas dicas para os tutores.
De acordo com ela, antes de tudo, é necessário observar o nível de hidratação do pet e sempre levar consigo água fresca, a fim de oferecer com frequência para o bichinho. “É importante também prestar bastante atenção na temperatura e evitar exposição ao sol intenso, buscando ambientes sombreados e ventilados. O tutor também não pode esquecer a coleira de identificação e precisa monitorar sinais de estresse, como ofegação excessiva ou tentativa de fuga. E, por último, mas não menos importante, evitar alimentos não habituais, oferecendo ração para que ele se alimente”, afirma.

Na hora de escolher a fantasia, é preciso observar alguns pontos, como se ela tem o tamanho adequado para o pet e se garante a liberdade de movimento dele. Além disso, é sempre importante priorizar tecidos leves e arejados, além de evitar acessórios perigosos, que possam ser ingeridos pelos bichinhos e causar um estrangulamento. “Também é fundamental que a fantasia seja de fácil remoção para que possa ser retirada rapidamente em caso de desconforto”, completa a médica veterinária.
Entre os riscos aos quais os bichinhos ficam expostos ao usarem fantasias, estão o superaquecimento, alergias a materiais e restrição de movimento, o que pode causar desconforto e levar a alguns sinais de ofegação e salivação excessiva, tentativas de remover a fantasia e comportamento agitado ou apático.
Catharina Vital ainda cita algumas alternativas para diversão e socialização dos pets longe da folia de Carnaval e que podem ser consideradas pelos tutores. “Algumas alternativas seguras para a diversão do pet são: passeios tranquilos em locais menos movimentados, brincadeiras em casa com brinquedos interativos e uma socialização controlada, onde haja encontros com outros pets em ambientes seguros e calmos. Creches e hotéis são ótimas opções para esse intuito”, pontua a profissional.