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‘Se Europa quiser guerra, estamos prontos’, diz Putin

Presidente russo rejeita propostas europeias e ucranianas para plano de paz

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Reunião entre Putin e representantes dos EUA terminou sem avanços
Reunião entre Putin e representantes dos EUA terminou sem avanços | Foto: Kristina Kormilitsyna/ AFP

TUm dia após a fala do almirante Giuseppe Cavo Dragone, comandante da Otan, sobre possível ataque preventivo contra a Rússia, o presidente Vladimir Putin rejeitou ontem as propostas apresentadas por líderes europeus e pela Ucrânia ao plano de paz elaborado pelos Estados Unidos.

Em declaração contundente, Putin afirmou que Moscou não pretende entrar em guerra com países europeus, mas respondeu com ameaça velada: “Não temos intenção de ir à guerra com a Europa, mas, se a Europa quiser e começar, estamos prontos.”

O líder russo acusou os europeus de tentar minar os esforços de Washington para encerrar o conflito na Ucrânia.

Segundo Putin, a União Europeia critica por ter sido excluída das negociações, mas foi “por iniciativa própria” que se afastou do processo. “Eles não têm um programa de paz, estão do lado da guerra”, declarou.

O presidente russo também aconselhou os líderes europeus a abandonarem a “ilusão” de que podem impor uma derrota estratégica à Rússia e “retornarem à realidade, com base na situação no terreno”.

PONTOS EM DISPUTA

O plano inicial de paz apresentado pelos EUA sob a liderança de Donald Trump incluía a cessão de parte do território ucraniano à Rússia e a proibição da entrada da Ucrânia na Otan — propostas duramente criticadas pelos europeus.

Putin discutiu o plano durante reunião no Kremlin com o enviado norte-americano Steve Witkoff e com Jared Kushner, genro de Trump. No entanto, segundo o assessor do Kremlin Yuri Ushakov, nenhum acordo foi alcançado. Ele afirmou que alguns pontos apresentados pela delegação americana parecem “mais ou menos aceitáveis, embora precisem ser discutidos”, enquanto outros são considerados inadmissíveis por Moscou.

As conversas também abordaram questões territoriais, consideradas essenciais pela Rússia para qualquer solução. Ushakov disse ainda que não há encontro marcado entre Putin e o presidente dos EUA, Donald Trump. Segundo ele, uma eventual reunião dependerá do avanço das negociações.

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