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Oriente Médio

Líderes mundiais assinam acordo de cessar-fogo em Gaza

Oficialização do plano de paz não contou com presença de Israel nem do Hamas

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Ao assinar o acordo, Trump afirmou que os líderes juntos conseguiram o que parecia impossível
Ao assinar o acordo, Trump afirmou que os líderes juntos conseguiram o que parecia impossível | Foto: Evelyn Hockstein / Reuters

Líderes de diversos países do mundo assinaram ontem, no Egito, um acordo para oficializar o cessar-fogo da guerra na Faixa de Gaza, sugerido pelo presidente Donald Trump, dos Estados Unidos. Mas os dois lados do conflito – Israel e o grupo terrorista Hamas – não estiveram presentes.

Chamado de “cúpula da paz em Gaza”, o encontro ocorreu na cidade egípcia de Sharm El-Sheik. O documento foi assinado pelo próprio Trump e pelos presidentes Abdul al-Sisi (Egito) e Recep Tayyip Erdogan (Turquia), além do emir Tamim bin Hamad Al Thani (Catar) – essas três nações atuaram como mediadoras das tratativas.

A assinatura ocorreu horas após o Hamas ter libertado os 20 últimos reféns israelenses que ainda estavam sob seu poder em Gaza.

“Juntos, conseguimos fazer o que todos disseram que era impossível. As pessoas não acreditariam que conseguiríamos a paz no Oriente Médio [...]. Agora, a reconstrução [de Gaza] começa”, afirmou Trump.

“Levamos 3 mil anos para chegarmos nesse ponto. Mas isso vai se manter (...) Por anos ouvi dizer que seria um acordo que nunca conseguiríamos o mais complicado, o maior acordo, em um lugar que poderia gerar uma série de problemas, inclusive a terceira guerra mundial. Quero a agradecer a todos aqui”, disse o líder americano.

Com participação de mais de 20 líderes mundiais, a cúpula tem como objetivo conduzir uma segunda etapa de negociações do plano de paz, apresentado no fim de setembro por Trump e iniciado efetivamente na semana passada, após aprovação de negociadores de Israel e do Hamas.

A proposta prevê o fim da guerra; o estabelecimento de condições para paz duradoura no Oriente Médio; e a implantação de um conselho que irá supervisionar Gaza no primeiro momento do pós-guerra.

Outros detalhes do plano de Trump continuavam vagos, com pendências referentes a assuntos delicados e de fortes desavenças entre Israel e Hamas, caso do desarmamento do grupo terrorista.

Entre os presentes na cúpula, estavam: o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump; o emir do Catar, Tamim bin Hamad Al Thani; o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan; o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas; o presidente do Egito, Abdul Fatah Al Sisi; a premiê da Itália, Giorgia Meloni; o premiê do Reino Unido, Keir Starmer; e o presidente da França, Emmanuel Macron.

Embora tenha confirmado inicialmente que iria ao encontro desta segunda, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, não viajou ao Egito. Ao anunciar a ausência, o gabinete oficial deu como justificativa a proximidade de um feriado judaico.

Em discurso no Parlamento israelense antes da cúpula, Trump disse que “a era do terror” no Oriente Médio acabou. O presidente americano foi ovacionado pelos presentes. Netanyahu, em pronunciamento anterior, havia afirmado estar comprometido com a paz.

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