loading-icon
MIX 98.3
NO AR | MACEIÓ

Mix FM

98.3
terça-feira, 30/09/2025 | Ano | Nº 6065
Maceió, AL
28° Tempo
Home > Internacional

Acordo

EUA apresentam plano de paz para a faixa de Gaza

Proposta prevê conselho presidido por Trump, ultimato ao Hamas e Estado Palestino

Ouvir
Compartilhar
Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Whatsapp
Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se encontrou com Trump ontem na Casa Branca
Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se encontrou com Trump ontem na Casa Branca | Foto: REUTERS/Jonathan Ernst

Os Estados Unidos divulgaram ontem um plano de encerrar a guerra na Faixa de Gaza. A proposta prevê a criação de um conselho internacional presidido por Donald Trump, anistia a integrantes do Hamas que entregarem as armas e a possibilidade da criação de um Estado palestino no futuro.

A proposta esclarece que o Hamas tem 72 horas para devolver todos os reféns israelenses mantidos em Gaza após Israel aceitar os termos do acordo. Na teoria, o prazo já estaria valendo, uma vez que Trump disse que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu concordou com a proposta

Segundo a proposta, Gaza será transformada em uma zona “desradicalizada”, livre de grupos armados. O território passará por reconstrução com apoio de um comitê palestino tecnocrático e de especialistas internacionais. Autoridades do Hamas disseram que não receberam detalhes do plano.

O grupo proposto pelos Estados Unidos atuará sob supervisão de um novo órgão internacional, o chamado “Conselho da Paz”, que será presidido por Trump. O ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair também deve integrar a estrutura. Não está claro se Israel participará do conselho.

Em uma coletiva de imprensa, Trump afirmou que se o Hamas rejeitar a proposta, os Estados Unidos apoiarão medidas militares para eliminar o grupo terrorista de forma definitiva.

Ao lado de Trump, Netanyahu disse que concorda com o plano e afirmou que Israel irá avançar na ofensiva caso o Hamas não aceite os termos propostos pelos EUA.

“Se o Hamas rejeitar seu plano, senhor presidente, ou se supostamente aceitá-lo e depois basicamente fizer de tudo para contrariá-lo, então Israel concluirá o trabalho por conta própria”, disse Netanyahu.

Atualmente, Israel controla parte do território Faixa de Gaza, onde realiza operações militares terrestres. Enquanto isso, na prática, o governo do enclave está sob domínio de autoridades ligadas ao Hamas.

VEJA ALGUNS PONTOS DO PLANO DOS EUA:

Fim imediato da guerra e troca de reféns e prisioneiros

O cessar-fogo ocorreria logo após a aceitação do plano.

Israel libertaria prisioneiros, enquanto o Hamas devolveria todos os reféns em 72 horas.

A troca incluiria também restos mortais de ambas as partes.

Ajuda humanitária e reonstrução de Gaza

Entrada imediata de alimentos, água, energia, hospitais e infraestrutura.

Equipamentos para limpar escombros e reabrir estradas seriam autorizados.

Distribuição feita pela ONU, Crescente Vermelho e outras entidades neutras.

Nova governança em Gaza

Um comitê palestino tecnocrático e apolítico assumiria a gestão local.

Esse órgão seria supervisionado pelo “Conselho da Paz”, presidido por Trump.

Não está claro se Israel participará do conselho internacional.

O objetivo é preparar o retorno da Autoridade Palestina após reformas.

Desmilitarização e anistia ao Hamas

Toda infraestrutura militar e de túneis seria destruída sob monitoramento internacional.

Integrantes do Hamas poderiam entregar armas e receber anistia. Quem desejasse sair teria passagem segura para outros países.

Relacionadas