Tensão
Casa Branca: Trump não mudará política em relação à Venezuela
Presidente americano rejeitou convite para diálogo feito por Maduro e disse que mensagem estava cheia de “mentiras”


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, rejeitou o convite para diálogo feito em uma carta pelo presidente venezuelano, Nicolás Maduro, afirmando que a mensagem estava repleta de “mentiras”, anunciou a Casa Branca ontem.
“Maduro repetiu muitas mentiras nessa carta, e a posição do governo sobre a Venezuela não mudou”, declarou a secretária de imprensa Karoline Leavitt em uma coletiva de imprensa. “Nós [o governo Trump] vemos o regime de Maduro como ilegítimo e o presidente mostrou claramente que está disposto a usar todo e qualquer meio necessário para parar o tráfico ilegal de drogas mortais do regime venezuelano para os EUA”.
Questionada sobre uma resolução apresentada pelos senadores democratas Adam Schiff e Tim Kaine na última sexta-feira com o objetivo de cessar ataques americanos “contra narcoterroristas no Caribe”, Karoline criticou o movimento da oposição no Capitólio.
“Definitivamente, isso passa uma mensagem errada. Nós gostaríamos que os democratas apoiassem uma ideia muito simples, de acabar com o tráfico de drogas e garantir a segurança do nosso país”, afirmou a secretária de imprensa.
Segundo ela, a República Dominicana teria auxiliado uma ação militar dos Estados Unidos que interrompeu o curso de um navio “com muitas drogas mortais a bordo”, saindo da Venezuela a caminho dos EUA.
“Se você ouvir os outros países do Caribe, eles estão agradecidos pelos esforços do governo [americano] e eles estão trabalhando conosco para acabar com o tráfico de drogas em seus mares”.
Na mensagem, Maduro pediu a Trump para “preservar a paz com diálogo e entendimento em todo o hemisfério” e classificou como “absolutamente falsas” as acusações de narcotráfico feitas por Washington.
O presidente venezuelano denunciou uma “ameaça” de “mudança de regime” e afirmou que o país está “livre da produção de drogas”, alegando que apenas 5% da cocaína fabricada na vizinha Colômbia transita por território venezuelano.