CAMPANHA DECEPCIONANTE
Da euforia à decepção: CSA inicia ano sob confiança, mas frustra a torcida
Azulão encerrou a temporada 2025 de forma turbulenta e ainda segue sem presidente definido


O torcedor do CSA foi da euforia à decepção em 2025. Se o início da temporada animou a torcida com as primeiras atuações, o final dela se tornou melancólico para os azulinos. Na primeira competição oficial, o Azulão garantiu vaga na fase de grupos da Copa do Nordeste com vitórias sobre Barcelona de Ilhéus e Maracanã, ambas por 1 a 0, no Estádio Rei Pelé.
No Campeonato Alagoano, a equipe comandada pelo técnico Higo Magalhães deixou boa impressão na 1ª fase, principalmente após a vitória sobre o CRB, por 3 a 2. Ao final da etapa de classificação, o CSA ficou na vice-liderança, com 14 pontos, um a menos que o Penedense, surpresa do estadual.
Ainda pelo Alagoano, o Azulão foi eliminado pelo ASA nas semifinais. No primeiro jogo, vitória do adversário, por 1 a 0, em Arapiraca. Na volta, no Rei Pelé, o CSA devolveu o placar, mas perdeu a disputa nos pênaltis: 3 a 2.
COPA AL: ELIMINADO
Com o time sub-20 na disputa, o CSA se classificou na 1ª fase e encarou o CSE nas semifinais. No duelo que valia vaga na decisão, o Azulão usou o time principal contra o Tricolor e foi eliminado. No 1º jogo, vitória azulina (1x0), no Rei Pelé. Já no duelo de volta, o Tricolor bateu o CSA (2x1), no Juca Sampaio, e venceu nos pênaltis: 7x6.
COPA DO BRASIL DE 2026
Terceiro colocado no Alagoano, o CSA esperou o vencedor da Copa AL para disputar a vaga na Copa do Brasil de 2026. E o confronto, de novo, foi com o CSE, que bateu o Penedense na decisão. Desta vez, os azulinos se deram bem. Após empate de 0x0 no 1º jogo, o Azulão venceu, por 1 a 0, e carimbou o passaporte para a competição nacional do próximo ano.
COPA NE: QUEDA
Encerradas as participações nas disputas estaduais, as atenções se voltaram para a fase de grupos do Nordestão. Integrante do Grupo B, o time azulino terminou a primeira fase em 2º lugar, com 13 pontos, atrás do Bahia, que somou 16. Nas quartas de final, o CSA eliminou o Ferroviário com vitória de 2 a 1, no Rei Pelé, em jogo único. Já nas semifinais, também no Trapichão, a equipe decepcionou a torcida e foi eliminada pelo Confiança: 1 a 0.
CAMPANHA HISTÓRICA
Na Copa do Brasil, o CSA fez história ao eliminar o Grêmio na 3ª fase. Antes, tinha desbancado Boavista e Tuna Luso. Nas oitavas, encarou o Vasco e foi eliminado em São Januário, com derrota de 3 a 1, após empate de 0x0 em Maceió.
As participações de destaque nas Copas do NE e do Brasil renderam aos cofres azulinos R$ 11,6 milhões que serviram para organizar o CSA administrativa e financeiramente, já que o clube está em recuperação judicial.
SÉRIE C: REBAIXAMENTO
Na Série C, a torcida azulina se decepcionou. Em meio à disputa da Terceirona, com a queda de rendimento, a diretoria trocou o técnico Higo Magalhães por Márcio Fernandes (ex-ABC). Mas o novo treinador só durou quatro jogos: uma vitória, um empate e 2 derrotas. Para surpresa de todos, o CSA trouxe Higo de volta. No entanto, com um elenco abalado, o clube perdeu o rumo.
Com uma campanha de apenas 5 vitórias, 7 empates e 7 derrotas, o Azulão amargou o rebaixamento, quando os matemáticos apontavam menos de 1% de risco.
O CAOS
O rebaixamento do CSA trouxe complicações no âmbito político. Dois dias após a queda, o Conselho Deliberativo decidiu afastar a então presidente, Mirian Monte, e toda diretoria executiva sob a alegação de “gestão temerária”. Mirian não suportou a decisão do Conselho e renunciou.
Com o afastamento dos dirigentes, uma junta diretiva, formada por conselheiros, assumiu o CSA. Enquanto não define a nova diretoria executiva, o Azulão segue gerido pelo presidente do Conselho Deliberativo, Clauwerney Ferreira. As primeiras decisões dele foram contratar o consultor esportivo Carlos Bonatelli, para comandar o Departamento de Futebol, e Luiz Ribeiro, para organizar a questão administrativa do Azulão.
E O COMANDO TÉCNICO?
De olho em 2026, a junta diretiva foi buscar um técnico com bagagem: Itamar Schülle, que chega com a missão de resgatar a confiança do torcedor e brigar por títulos. Com passagens por clubes como Bota-PB, Paysandu, Criciúma, Vila Nova, Cuiabá, Santa Cruz e Retrô, onde foi campeão da Série D, em 2024, o catarinense, de 59 anos, iniciará o trabalho no clube com a tarefa de formar o elenco azulino.