SETORES PÚBLICO E PRIVADO
AL apresenta desempenho positivo com 19,9 mil vagas em 2024, aponta CNM
Levantamento mostra que o comércio e reparação de veículos foram o principal motor de empregos em Alagoas


Alagoas apresentou desempenho positivo no ano passado com a criação de 19.818 novas vagas de trabalho, segundo o estudo “O Mercado de Trabalho nos Municípios em 2024”, divulgado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM). Em 2024 foram registrados 466,5 mil empregos formais, uma alta de 5% no estoque total, que representa a quantidade de pessoas empregadas com carteira assinada nos setores público e privado.
“O cenário atual mostra o mercado de empregos formais aquecido, principalmente por estarmos com uma taxa de desemprego muito baixa há anos, 5,6% é a taxa de desemprego no Brasil, não é a mais ideal, mas de certo modo a gente consegue observar que isso também reflete aqui em Alagoas”, destaca o economista e professor Renan Laurentino.
Segundo o economista, comércio e serviço são sempre os setores que mais empregam em Alagoas e que a indústria ainda está em crescimento. “Maceió e Arapiraca são sempre destaque. Maceió, por ser uma capital e Arapiraca por estar sempre em crescimento e é uma região muito central do Agreste, uma referência. Então isso impacta positivamente na perspectiva de um desenvolvimento econômico mais estável”, contextualiza Laurentino.
Entre os municípios alagoanos, de acordo com o levantamento, Maceió e Arapiraca se destacaram na geração de empregos formais. A capital alagoana criou 11.311 vagas, com média salarial de R$ 1.785, impulsionada principalmente pelo setor de comércio e reparação de veículos, responsável por 15% das contratações.
“Não podemos esquecer que estamos no período das contratações temporárias, que também elevam a taxa de empregabilidade e diminui o desemprego. Lembrando que isso segura até março ou abril do próximo ano, mas estamos mantendo sim um certo nível de mercado de trabalho”, explica Renan Laurentino.
Já Arapiraca registrou 2.759 novos postos de trabalho, com destaque para as atividades administrativas, que representou 31% da participação na geração de emprego; Rio Largo (553 vagas, 41% em comércio e reparação de veículos), Coruripe (544 vagas, sendo 40% em indústria de transformação) e São José da Laje (431 vagas, sendo transporte, armazenagem e correio).
O levantamento aponta que o comércio e reparação de veículos foi o principal motor de empregos em Alagoas, enquanto a administração pública pagou os maiores salários médios de admissão.
“Aqui em Alagoas a construção civil está de vento em popa, tanto no município de Maceió, quanto na região Metropolitana, assim como nos municípios como Pilar, Atalaia, Rio Largo, Messias e Satuba que estão crescentes na questão de construção civil de casas populares, padrão mediano e condomínios, além do turismo que sempre aquece o nosso estado”, analisa Laurentino.
O estudo CNM revela que sete a cada dez cidades brasileiras (70%) ampliaram o número de empregos com carteira assinada no último ano. No total, o país registrou a criação de 1,6 milhão de novos postos formais, impulsionados principalmente pelos setores de comércio, serviços administrativos e indústria de transformação.
Mesmo com a criação de 19,8 mil novas vagas em Alagoas, houve uma leve queda de 8% em relação a 2023, mas ainda indicando crescimento consistente do mercado de trabalho.
O estudo elaborado pela CNM revela que o ano de 2024 encerrou com a geração de 1,6 milhão de novos empregos, através da diferença entre a admissão de 24,8 milhões de vagas com carteira assinada e 23,2 milhões de desligamentos. No quadro, sete a cada dez cidades do país, ou seja, 3.914 Municípios tiveram expansão de emprego no último ano.
Entre os setores que mais geraram empregos em 2024 estão o comércio, com 332 mil vagas, atividades administrativas com a criação de 300 mil vagas e a indústria com 263 mil vagas. Nas localidades, o comércio foi a principal atividade em 1.489 municípios, bem como a indústria, que dominou a geração de empregos em outras 1.147 cidades.