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IBGE: 22 mil domicílios deixam insegurança alimentar em Alagoas

Na passagem de 2023 para o ano passado, o índice de lares que estão na faixa de segurança alimentar saiu de 63,6% para 65%

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Em números absolutos, são 727 mil residências onde não falta alimentação
Em números absolutos, são 727 mil residências onde não falta alimentação | Foto: Roberto Dziura Junior/AEN

Levantamento divulgado nessa sexta-feira (10), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que 22 mil domicílios alagoanos saíram da zona de insegurança alimentar em 2024.

Com isso, na passagem de 2023 para o ano passado, o índice de lares que estão na faixa de segurança alimentar - ou seja, têm todas as refeições garantidas - saiu de 63,6% para 65%. Em números absolutos, são 727 mil residências onde não falta alimentação. As informações fazem parte da edição especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua sobre segurança alimentar.

Para classificar os domicílios, o IBGE seguiu a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia), que determina quatro graus:

1 - Segurança alimentar: acesso suficiente à comida, sem precisar comprometer outras necessidades;

2 - Insegurança alimentar leve: preocupação ou incerteza quanto ao acesso aos alimentos;

3 - Insegurança alimentar moderada: redução ou falta da quantidade de comida entre adultos;

4 - Insegurança alimentar grave: redução ou falta também entre crianças. A fome passa a ser uma experiência vivida no lar.

O movimento observado em Alagoas segue a tendência registrada no Nordeste e no Brasil, onde a proporção de domicílios com segurança alimentar passou de 61,1% para 65,2%, enquanto a insegurança grave caiu de 6,3% para 4,8% entre 2023 e 2024.

Mesmo com a melhora, Alagoas ainda apresenta percentual de insegurança grave (5,0%) acima da média nordestina (4,8%) e da média nacional (3,2%). O estado figura, ao lado da Bahia (5,4%) e do Maranhão (5,2%), entre os três com maiores índices de insegurança alimentar grave na região.

“Os dados indicam um cenário de recuperação no estado de Alagoas, mas ainda com um contingente expressivo de domicílios em insegurança alimentar. O desafio é manter o avanço e reduzir as situações mais graves”, destaca Alcides Tenorio Junior, superintendente do IBGE em Alagoas.

Em todo o país, o número de domicílios que enfrentaram insegurança alimentar grave no Brasil diminuiu 19,9% no intervalo de um ano. Em 2023, 3,1 milhões de lares estavam nesta situação, quantidade que caiu a 2,5 milhões em 2024.

Esses dados mostram que o percentual de famílias em que houve percepção de insegurança alimentar grave passou de 4,1% para 3,2% dos domicílios.

Em nota, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias, comemorou os dados, afirmando que o Brasil igualou o recorde histórico registrado em 2013, voltando ao menor patamar de fome da história.

“Em 2025, o Brasil celebra duas conquistas históricas: a saída do Mapa da Fome e a redução da insegurança alimentar grave ao menor nível da série histórica do IBGE”, afirmou. “Levamos dois anos para reconquistar uma marca que, no passado, levou dez anos (2003-2013) de construção de políticas públicas para ser alcançada”, completou.

A pesquisa mostra que o percentual de domicílios brasileiros em situação de segurança alimentar subiu de 72,4% em 2023 para 75,8% em 2024.

No ano passado, 59,4 milhões de lares tinham comida garantida sem necessidade de sacrifícios.

Já a insegurança alimentar como um todo (leve, moderada e grave) caiu de 27,6% para 24,2% no mesmo período, chegando a 18,9 milhões de endereços. Nestes lares, moram 54,7 milhões de pessoas.

No entanto, a pesquisadora do IBGE Maria Lucia França Pontes Vieira faz a ressalva que nem todos os moradores, necessariamente, estão na condição de insegurança alimentar.

“Pode ser que uma pessoa tenha deixado de comer para outra pessoa comer, mas a outra não percebeu isso. Então, a gente está falando sobre a percepção de um morador”, diz. As informações são da Agência Brasil.

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