RECORDE
Mais de 12 mil novas empresas abrem as portas em AL em 2025
Estado registrou recorde de formalizações no trimestre, superando marca anterior, de 2021; MEIs puxam o crescimento


O jovem Diego Francisco, 25 anos, decidiu investir o seguro-desemprego na aquisição de um imóvel para abrir o próprio negócio. Ao identificar uma demanda no Conjunto Arnon de Mello, no município de Santana do Mundaú, ele inaugurou um espetinho e formalizou a atividade em fevereiro deste ano.
“Aqui tem muito movimento nos finais de semana por conta das partidas de futebol. Então resolvi vender espetinhos com acompanhamentos e bebidas. Além disso, abri o MEI pelos benefícios que ele oferece, principalmente na hora de comprar produtos com os fornecedores”, explicou o alagoano.
O Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) de Diego está entre os 12.887 novos negócios formalizados em Alagoas entre janeiro e março de 2025. De acordo com a Junta Comercial do Estado de Alagoas (Juceal), esse é o maior número já registrado no estado para um primeiro trimestre, superando os 10.746 negócios abertos no mesmo período de 2021.
Entre os novos empreendimentos, foram constituídos 9.751 microempreendedores individuais (MEIs), 2.266 microempresas (MEs), 618 empresas de pequeno porte (EPPs) e 252 negócios sem porte definido. Na comparação com o primeiro trimestre de 2024, os dados de 2025 representam crescimento de 41,89% entre os MEIs, 26,66% entre as MEs, 46,79% nas EPPs e 32,63% nos negócios sem porte.
As áreas de atuação são variadas, com destaque para: comércio (3.571 empresas); transporte, armazenagem e correio (1.960); alojamento e alimentação (1.223); atividades administrativas e serviços complementares (955); atividades profissionais, científicas e técnicas (874); indústrias de transformação (867); outras atividades de serviços (735); construção (702); educação (614); e saúde humana e serviços sociais (443).
Entre os municípios, Maceió lidera com 6.717 novos negócios, seguida por Arapiraca (1.186), Marechal Deodoro (358), Rio Largo (339), Penedo (241), Palmeira dos Índios (186), União dos Palmares (181), São Miguel dos Campos (169), Delmiro Gouveia (158), Maragogi (149), Pilar (127), Satuba (126), Coruripe (121), Teotônio Vilela (119) e Santana do Ipanema (108).
O presidente da Juceal, João Gabriel, destaca que o apoio aos empreendedores tem incentivado a formalização. “Esse recorde é reflexo de um trabalho conjunto do governo do Estado, voltado para oferecer infraestrutura, segurança e investimentos no ambiente de negócios. A porta de entrada desse crescimento é a Junta Comercial, pois não há empresa que não passe pela Juceal”, afirmou Joãozinho.
ATIVIDADES ECONÔMICAS
Para detalhar o recorde por porte empresarial, o levantamento da Juceal também apontou os ramos de atividade com maior volume de registros.
Entre os MEIs, destacam-se: outras atividades auxiliares dos transportes terrestres (638); comércio varejista de artigos do vestuário (498); promoção de vendas (470); serviços de malote (407) e cabeleireiros e manicures (361).
As microempresas foram majoritariamente registradas como restaurantes (90), seguidas de minimercados, mercearias e armazéns (77); comércio varejista de vestuário (74); atividades de psicologia (70) e corretagem de imóveis (66).
Já entre as empresas de pequeno porte, predominam os correspondentes de instituições financeiras (32); construção de edifícios (19); restaurantes (19); comércio varejista de vestuário (16) e consultorias em gestão empresarial (14).
Nos negócios sem porte definido, as atividades mais frequentes foram: holdings de instituições não financeiras (24); incorporação de empreendimentos imobiliários (12); supermercados (9); construção de edifícios (7) e comércio atacadista de equipamentos e artigos de uso pessoal e doméstico (6).