Convocações e convites

CPMI do INSS: lista de oitivas soma 147 nomes

Entre convocações e convites, a CPMI que apura a bandalheira contra idosos do INSS já acumula 147 nomes de depoentes aprovados. O principal alvo é Carlos Roberto Ferreira Lopes, pelegão que manda e desmanda na Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares (Conafer) e que chegou a ser preso por falso testemunho após mentir descaradamente à comissão.

Núcleo do trambique

Logo atrás vem Antônio Carlos Camilo Antunes, o Careca do INSS, que decidiu abrir o bico depois que a CPMI convocou esposa e filho.

Laranjal

Até agora, nove pessoas foram ouvidas. A mais recente, Fernando Cavalcanti, apontado como “laranja” do advogado Nelson Wilians.

Famiglia

A lista deve crescer com novos nomes, entre eles José Ferreira da Silva, o Frei Chico — irmão de Lula —, e Leila Pereira, presidente do Palmeiras e da Crefisa.

Muito a dizer

Há ainda Edson Claro, que prometeu entregar os recebedores das propinas em dinheiro vivo. Os petistas já barraram sua primeira convocação.

Diplomacia empresarial destravou impasse nos EUA

A mudança de postura do governo americano em relação ao Brasil é fruto da chamada “diplomacia empresarial”, que ocupou o vácuo deixado pela ausência de articulação do Itamaraty. Contaminada por ideologia, a chancelaria brasileira chegou ao fundo do poço: o ministro Mauro Vieira sequer conseguia falar ao telefone com seu homólogo americano. Conversou rapidamente com Marco Rubio apenas em agosto, oito meses após a posse de Donald Trump, e pediu uma pauta “conversável”, evitando temas políticos sensíveis.

Distensionamento

Trump havia sinalizado a empresários que pretendia “distensionar” a relação com o Brasil, gesto que antecipou após o encontro casual com Lula na ONU.

Muita calma nessa hora

Diplomatas experientes alertam: será um processo penoso, com cobranças duras e pouco espaço para retórica ideológica.

Adultos na sala

O Brasil só tem a ganhar se colocar “adultos na sala” para conduzir o diálogo — gente técnica, não militante.

Estranhas ocorrências

O deputado Giovani Cherini (PL-RS) denunciou sabotagem no corte do ar-condicionado da sala da CPMI do INSS. “Estão tentando travar as investigações. A verdade não se cala, a CPMI segue firme!”, afirmou.

Senhor Ocultação

Durante o depoimento de Fernando Cavalcanti, apontado como laranja de Nelson Wilians, o senador Marcos Rogério (PL-RO) resumiu: “Lá fora é o Sr. Ostentação, aqui é o Sr. Ocultação”.

Barroso, o 48º?

O ministro Luís Roberto Barroso disse que está “terminando a carreira” no STF, em tom de despedida. Caso antecipe a aposentadoria para 2025, será o 48º mais longevo da história da Corte.

Pé fora

Após gafe ao dizer que “foi juiz por 12 anos”, Barroso se corrigiu e afirmou que o fim da presidência do STF não marca sua saída imediata, mas admitiu a ideia de se aposentar antes do prazo.

Não é novidade

O “shutdown” mais longo da história dos EUA, com 35 dias, ocorreu em 2018, durante o governo Donald Trump. Antes disso, o recorde era de 21 dias, no governo Bill Clinton, em 1995.

Tutti buona gente

O Conselho de Ética da Câmara analisa 14 representações contra deputados. O recordista é André Janones (Avante-MG), com três. Lindbergh Farias (PT-RJ) responde a duas.

Melhor aposentar

Aos 80 anos, Luciano Bivar (União-PE) pediu votação remota para octogenários. Levou invertida da colega Luiza Erundina (Psol-SP), de 90: “Se não tem condições, não se candidate.”

Visita autorizada

Ciro Nogueira (PP-PI) obteve autorização para visitar Jair Bolsonaro nesta quinta (9), das 9h às 18h. Valdemar Costa Neto, presidente do PL, foi autorizado a visitá-lo no dia 20.

Pensando bem…

…comprar não é implorar.

DIVULGAÇÃO

Com trajetória marcada pela responsabilidade e diálogo, ministro HUMBERTO MARTINS contribui para o fortalecimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ)

PODER SEM PUDOR

As podas do general

Às vésperas do golpe de 1964, José Aparecido de Oliveira, secretário do governador Magalhães Pinto, tinha como vizinho um general Guedes, em Belo Horizonte. O militar costumava podar as roseiras que separavam as casas para bisbilhotar o vizinho. Após o golpe, tentou prendê-lo, mas foi impedido. Em revanche, cortou — literalmente — com a mesma tesoura de jardinagem, a linha telefônica do secretário que tanto espionava.