Investigação
PF apura empresa no Brasil ligada a ex-ministro espanhol

O governo [Lula] já deu o que tinha que dar”

PODER SEM PUDOR: QUEM TINHA VOTOS
O senador Dinarte Mariz relatou certa vez o episódio ao grande repórter Murilo Melo Filho.
“O presidente Castelo Branco chamou-me ao Palácio das Laranjeiras para conversar sobre a sucessão no Rio Grande do Norte. Começou dizendo que quem realmente tinha votos lá no Estado era o meu adversário, Aluízio Alves.
Ponderei-lhe: ‘Vossa Excelência me perdoe, mas, se o critério é este, quem devia estar aí no seu lugar era o Juscelino, que tem votos. Muitos, aliás”.
Escapou de voz de prisão do marechal.
EMPRESA NO BRASIL ENVOLVE EX-MINISTRO ESPANHOL
A Polícia Federal investiga como uma empresa brasileira ligada ao ex-ministro do governo socialista da Espanha, José Luis Ábalos, tem um capital social de R$ 5,5 milhões, quase um milhão de euros, e mesmo assim mantém sua sede em um coworking, escritório compartilhado, em São Paulo. A PF investiga se Ábalos, que era o número dois do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol), usou a Suro Capital no Brasil para lavar dinheiro desviado na compra de máscaras durante a pandemia.
DE ONDE VEIO?
A Polícia Federal busca a origem do capital enviado ao Brasil pela empresa espanhola Suro Capital S/A, com CNPJ brasileiro.
BRASIL-ESPANHA
A suspeita da Promotoria Anticorrupção do Ministério Público da Espanha é que possa chegar a dois milhões de euros os valores lavados no Brasil.
‘CASO KOLDO’
Há suspeita da participação de brasileiros no esquema, que explodiu há um ano, quando Koldo Izaguirre, ex-assessor de Ábalos, foi preso.
SEM RESPOSTA
A coluna procurou a Suro Capital no Brasil, mas não obteve resposta, e o telefone disponível no site da empresa está “desconectado”.
REPROVAÇÃO DE LULA GERA INTRIGA ENTRE MINISTROS
A semana foi de climão no Palácio do Planalto, com direito a indiretas e intrigas pelos corredores, tudo em razão das pesquisas que dão na mesma: disparada na reprovação de Lula. Como Lula é especialista em terceirizar culpa, três ministros são candidatos a “pai do fiasco”: Rui Costa (Casa Civil), Sidônio Palmeira (Propaganda) e Fernando Haddad (Fazenda). O pano de fundo é a eleição de 2026, e cresce a aposta de que Lula pode não disputar a reeleição. Costa e Haddad sonham com a vaga.
FUNDO DA GAVETA
Voltou a pesar sobre Rui Costa a pressão para desenterrar o que o governo chama de “SUS da Segurança” e avançar com obras do PAC.
LOTE NA LUA
Sidônio entra de gaiato na história. Vendido por Costa como milagreiro, há quase três meses no cargo, não alavancou a imagem de Lula.
É PURA MALDDAD
A turma de Sidônio e Costa aponta para a Fazenda. Citam que a visão sobre a economia, que já teve 23% de “piorou”, marcou 56% na Quaest.
POSTE NO CACHORRO
Sérgio Moro (União-PR) vai se opor ao novo Código Eleitoral. O senador diz que o texto aumenta o prazo de inelegibilidade de policiais e juízes ao deixarem os cargos e, ao mesmo tempo, reduz o prazo de inelegibilidade de 8 anos para 0 dos criminosos condenados após cumprirem as penas.
GRAVE AMEAÇA
“Se o STF começa a usar processos como ferramenta para dobrar partidos ou líderes políticos, estamos diante de grave ameaça”, alertou o senador Eduardo Girão (Novo-CE).
PERDEU, MANÉ
Foi Janones (Avante-MG) falar de Débora, que pichou com batom a estátua da Justiça, que o clima esquentou na Câmara. Gilvan da Federal (PL-ES) admitiu que “teria prazer em dar uma surra” no “moleque”.
PAREDÃO FORMADO
A defesa dos acusados do suposto “golpe” se preocupa com os sinais do STF. Post de Gilmar Mendes fala em como a democracia sobreviveu à “derrocada”. Para a oposição, seria sua versão do “nós vencemos o bolsonarismo” de Barroso ou Dino chamando Bolsonaro de “demônio”.
2026 TÁ AÍ
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), lança hoje (4) a pré-candidatura para disputar a Presidência da República. Para alavancar o nome no Nordeste, o evento será em Salvador (BA).
