AVANÇO
Alagoas lidera no NE e é o 3º do País em acesso à iluminação pública
Estado apresentou avanços em relação ao Censo 2010; hoje, percentual de vias iluminadas chega a 98,5% Estado alcançou mais de 2,4 milhões de moradores em áreas com iluminação, segundo o Censo 2022


Alagoas é o terceiro estado do País e o primeiro no Nordeste em proporção de moradores que vivem em vias com acesso à iluminação pública (98,5%), de acordo com dados do Censo 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O estado apresentou avanços em relação ao Censo 2010, quando o percentual era de 95,35%, o que correspondia a 2,1 milhões (2.142.932) de moradores. Agora, segundo o levantamento mais recente, mais de 2,4 milhões (2.408.687) de alagoanos residem em vias iluminadas. Goiás (98,95%) e Mato Grosso do Sul (98,83%) ocupam os primeiros lugares no ranking nacional. A média brasileira é de 97,5%.
No ranking das capitais, Maceió (98,27%) ocupa a 12ª posição em número de moradores com acesso à iluminação em seu entorno, ficando atrás de outras cinco capitais nordestinas: Fortaleza (98,98%), João Pessoa (98,76%), Teresina (98,72%), São Luís (98,67%) e Natal (98,39%). Goiânia (99,57%) lidera o ranking nacional. Maceió também registrou avanço em relação ao Censo 2010, quando a proporção era de 95,93%, e a capital ocupava a 16ª colocação entre as capitais.
A doutora em Arquitetura Catarina Agudo explica que a iluminação pública é um serviço essencial para o funcionamento adequado das cidades, pois impacta diretamente na segurança, mobilidade e bem-estar da população. “Embora não seja o único fator determinante para a segurança urbana, ruas, praças e avenidas bem iluminadas contribuem para inibir a criminalidade, diminuindo a sensação de insegurança e vulnerabilidade, permitindo que as pessoas circulem com mais tranquilidade durante a noite”, detalha.
Agudo acrescenta que a iluminação também contribui para a fluidez no trânsito, reduz o risco de acidentes e fortalece a economia local, ao possibilitar o funcionamento de comércios e serviços durante a noite. “Em áreas de lazer e convivência, a luz adequada valoriza o espaço urbano e estimula o uso coletivo, promovendo a sociabilidade e o aproveitamento dos espaços públicos após o anoitecer”, completa.
Contudo, a especialista alerta que a iluminação pública pode representar desafios quando mal planejada ou executada. “O uso excessivo ou inadequado da luz artificial pode gerar poluição luminosa, que interfere nos ciclos naturais dos seres humanos e dos animais, impactando a biodiversidade urbana e a saúde da população. Além disso, sistemas antigos e ineficientes contribuem para o desperdício de energia e acarretam altos custos para os cofres públicos. Por isso, investir em soluções sustentáveis, como a substituição por lâmpadas LED, a implementação de sensores e o uso de energias renováveis, é fundamental para garantir uma iluminação pública eficiente, econômica e ambientalmente responsável”, orienta.
Em Alagoas, 12 cidades já contam com 100% de cobertura de iluminação pública: Santana do Mundaú, Pindoba, Olho d’Água Grande, Monteirópolis, Minador do Negrão, Maribondo, Limoeiro de Anadia, Jaramataia, Igreja Nova e Belo Monte.
Em Maceió, a prefeitura diz que, atualmente, a capital alagoana possui 36 conjuntos habitacionais, seis bairros e 36 grotas com iluminação em LED, o que representa 60% do total.
O diretor-presidente da Ilumina, autarquia responsável pela iluminação pública em Maceió, Gutenberg de Melo, afirma que a modernização da rede vai além da estética. “Ela representa mais segurança, mais economia para os cofres públicos e mais qualidade de vida para a população”, afirma.