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Opinião

INVESTIMENTO ESTRATÉGICO

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Por Editorial | Edição do dia 26/05/2022 - Matéria atualizada em 26/05/2022 às 04h00

Durante audiência ontem na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim, defendeu a necessidade de ampliação do orçamento para a área de ciência e tecnologia. Segundo ele, o orçamento da pasta estimado para este ano é de pouco mais de R$ 9 bilhões, mas as despesas somam cerca de R$ 15 bilhões.  O ministro também defendeu o aporte de recursos para a Educação, que, juntamente com a ciência, tecnologia e inovação não podem ser considerados gastos, mas investimentos estratégicos para o País.

De fato, nos últimos anos o Brasil tem registrado queda acentuada nos recursos para ciência e tecnologia. Nesse quesito, o País está em 68º lugar no mundo em termos de inovação. Faltam condições e mecanismos para que pelo menos uma parcela das criações oriundas de pesquisas se transforme em produtos. Para efeito de comparação, enquanto a Alemanha investe 3,1% do PIB em ciência e tecnologia e a Coreia do Sul, 4,6%, o Brasil investe apenas 1,2%.

A consequência dessa carência de investimentos é o fechamento de laboratórios e a fuga de cérebros. A ida de muitos jovens cientistas para o exterior faz diminuir a intensidade de pesquisas

Não deveria ser assim. O Brasil tem a maior biodiversidade do mundo, que, se bem estudada e explorada dentro da perspectiva de desenvolvimento sustentável, poderia ser uma grande fonte de recursos para o País. Também temos potencial no uso da tecnologia na agroindústria, exploração de petróleo em águas profundas. 

Mesmo com as limitações, o País consegue formar por ano 50 mil mestres e 25 mil doutores, entretanto, é preciso valorizar os pesquisadores. Se houvesse maior investimento e valorização, esse número certamente seria bem maior.

A ciência e a tecnologia são ferramentas essenciais para o desenvolvimento econômico, social e ambiental. Entretanto, nada pode avançar sem os investimentos necessários. Qualquer avanço científico requer formação qualificada, com melhoria da educação em todos os níveis. Sem isso, jamais poderemos atingir o grau de país desenvolvido.

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