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Cidades

MPAL VAI PEDIR CONDENAÇÃO DE PM POR MORTE DE IRMÃOS NO VILLAGE

Está marcado para hoje julgamento do acusado de assassinar jovens com deficiência intelectual e pedreiro

Por regina carvalho | Edição do dia 25/11/2021 - Matéria atualizada em 25/11/2021 às 04h00

Na véspera do julgamento do policial militar acusado de matar os irmãos Josivaldo Ferreira Aleixo e Josenildo Ferreira Aleixo (ambos com deficiência intelectual), além do pedreiro Reinaldo da Silva, caso ocorrido em março de 2016, a promotora Adilza Inácio de Freitas, da 42ª Promotoria de Justiça da Capital, defendeu a condenação de Johnerson Simões Marcelino.

Ela chamou a atenção para a gravidade do crime e afirmou que pedirá a condenação do PM por crime de homicídio triplamente qualificado e homicídio culposo. O julgamento do réu acusado de matar os irmãos ocorre hoje. O crime também vitimou o pedreiro Reinaldo da Silva Ferreira, que estava do outro lado da rua, no Conjunto Village Campestre, parte alta de Maceió.

O denunciado é o policial militar Johnerson Simões Marcelino, que também é investigado por tentar implantar provas contra as vítimas na cena do crime. “Em todas as Instituições, há maus e bons profissionais. Na Polícia Militar de Alagoas, não seria diferente. Os dois irmãos, ambos pessoas de deficiência intelectual, no momento da abordagem, atenderam a ordem para revista, mas foram agredidos violentamente e executados no local. Por erro na execução do assassinato deles, o acusado também matou uma outra pessoa, Reinaldo, trabalhador que exercia a profissão de pedreiro. O réu ainda implantou no local do crime uma arma de fogo e munições como se pertencessem aos irmãos. Mas, testemunhas que presenciaram a barbárie disseram que eles estavam desarmados”, declarou a promotora Adilza Freitas.

De acordo com a integrante do Ministério Público Estadual (MPE), após a execução do crime, o policial militar Johnerson Simões Marcelino colocou os dois irmãos feridos na mala da viatura e, depois de trafegar alguns metros com as vítimas dentro do carro, retornou à cena do assassinato para recolher as cápsulas dos projéteis deflagrados.

“Indaga-se: o que era mais importante para o acusado naquele momento, salvar as vítimas ou recolher as cápsulas?”, questiona a promotora. “O Ministério Público pedirá a condenação do acusado por crime de homicídio triplamente qualificado, por incidir no caso concreto as circunstâncias qualificadoras do motivo fútil, uso de emprego de meio que resultou perigo comum e uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas. E ainda devendo ser condenado por fraude processual”, finaliza.

O MPAL também pedirá a condenação do PM por homicídio culposo contra a vítima Reinaldo. O júri está marcado para ocorrer nesta quinta, às 8h, no Fórum de Maceió, no Barro Duro.

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